O produtor Hollywoodiano Jerry Bruckheimer (Piratas do Caribe, Bad Boys, entre muitos outros) recentemente reforçou o coro em prol da obviedade ululante: os jogos serão cada vez mais realistas. Mas ele acrescenta também um período para que isso aconteça: 10 anos. Bem mais relevante, não? Enfim.

Ou, melhor, fique com as palavras do próprio “Sr. Blockbuster”: “eu realmente acredito que nos próximos 10 anos você não será capaz de diferenciar filmes de jogos. Jogos serão tremendamente realistas”.


Não por acaso, vale lembrar, Bruckheimer iniciou recentemente uma empreitada no ascendente mundo dos games, criando o estúdio JB Games. “Eles [os jogos] são uma forma de se contar histórias, e nós adoramos contar histórias em filmes e na televisão”, afirma o produtor. “Nós vamos procurar por executivos em breve. Possivelmente, nós comecemos nos próximos meses”.

Mais realista = mais economicamente interessante

Que a indústria de jogos ruma cada vez mais para o realismo utópico dos filmes, disso ninguém duvida. É igualmente ordinário afirmar que, em algum momento futuro, jogos e filmes se tornarão uma coisa só. Entretanto, o que é realmente interessante perceber, é que todo esse avanço tecnológico nada mais é do que um reflexo de uma conclusão tão óbvia quanto: os jogos tem se imiscuído cada vez mais na cultura popular.

Quer dizer, há algum tempo atrás, quem acreditaria em superproduções em videogames? Ou ainda em atores consagrados emprestando suas vozes para personagens pixelizados — sequer existia som há alguns anos, quem dirá isso?


Em suma, a indústria certamente vem investindo cada vez mais, e voltando cada vez mais os olhos para os jogos eletrônicos. Conforme eu já mencionei diversas vezes em meus especiais aqui no Baixaki Jogos, vê-se hoje ao longe a época em que video games eram uma excentricidade interessante para crianças.

Parodiando o Sr. Bruckheimer: hoje eles são uma nova forma de se contar histórias. Um novo nicho cultural. Mas, principalmente, uma mina de dinheiro cada vez mais evidente, para onde os grandes voltam os olhos com cada vez mais frequência — que o diga a JB Games.

Com um pouco de otimismo, dá até para desconsiderar os efeitos nefastos disso: padronização excessiva, apelo cada vez mais popular, etc. Melhor é se concentrar apenas no lado bom desse crescimento... e esperar para encontrar nos videogames expressões faciais um pouco mais ricas que as de Sylvester Stallone. É só aguardar pelos próximos 10 anos.

FONTE: BAIXAKI