Caso você tenha conferido uma das últimas edições da Qore —a revista online da PSN —, talvez tenha tido contato com um dos rumores mais recentes acerca da ascensão do PS3 à era das imagens em 3D. Um vídeo divulgado na revista demonstrava como a nova atualização do console — cujas especulações apontam para a metade do ano — funcionaria com diversas franquias das mais conhecidas e celebradas atualmente.

A lista incluía Killzone 2, Gran Turismo 5, LittleBigPlanet, Wipeout HD Fury e Super Stardust HD. Bem, mas alegria durou pouco, aparentemente. Em comunicado recente, a Sony afirmou que o vídeo tinha caráter “demonstrativo”, apenas. “Infelizmente, nosso vídeo não deixou claro que as imagens em 2D dos jogos foram incluídas apenas para propósitos demosntrativos. Nós nos desculpamos pela suposição errônea de que versões em 3D de LBP, Wipeout HD, Killzone 2, Gran Turismo 5 ou Super Stardust HD estivessem em produção”.


3D de verdade? Só na próxima geração

O que importa se a Sony vai ou não lançar versões em 3D de seus “hits” mais quentes? Afinal, a atual geração sequer tem capacidade suficiente para gerar gráficos em 3D, certo? Bem, pelo menos essa é a opinião do cofundador do estúdio Ninja Theory, Tameem Antoniades.

Para o executivo, a atual plataforma não tem os requisitos técnicos mínimos para apresentar imagens em 3D com a qualidade, digamos, do filme Avatar. “O problema é que, para gerar gráficos em 3D, é necessário renderizar 60 quadros por segundo com uma resolução mínima de 720p para cada olho”, afirma Antoniades. “Isto são gráficos com 1080p de resolução sendo renderizados a 120 frames por segundo o que, com as configurações da geração atual, permite a criação de gráficos muito rudimentares”.


Dessa forma, para quem esperava encontrar a qualidade dos monstrengos azuis de 3 metros de altura (sim, Avatar) no PS3, Antoniades conclui: “no momento, é impossível gerar tal efeito, mas cada geração é até dez vezes mais poderosa que a anterior. Dessa forma, acredito que chegaremos lá na revolução que acompanhará a próxima geração de consoles”.

O que será do OnLive na era da interatividade e do 3D?

Conforme você pode ter lido em um artigo recente aqui do Baixaki Jogos, muitos apregoam que a distribuição online de jogos poderá ditar os rumos da indústria; isso em um futuro não muito distante. Dentre as atuais tecnologias de distribuição, talvez a mais vanguarda seja a computação em nuvem, da qual o OnLive é, até o momento, o principal representante no mundo dos games.

Mas o que será dessa tecnologia em uma era dominada pela realidade tridimensional e pela interatividade? Há quem aponte algumas pedras no caminho do OnLive, como, por exemplo, a analista da Klosters Trading Lutz Muller. “O que o OnLive não vai conseguir fazer, pelo menos neste momento, é acomodar os dois principais motores de vídeo games de hoje em dia — o 3D e os jogos por sensores de movimento”, afirma Lutz.


Entretanto, a analista acrescenta que a tendência de adoção do novo sistema pelas produtoras de games é bem considerável, o que poderia colocar de lado os entraves. “Esta é uma tecnologia que tem um forte apoio de praticamente todas as editoras, com exceção da Activision e, claro, com uma oposição forte por parte das fabricantes de consoles e dos revendedores”.

Conforme já evidenciado aqui pelo Baixaki Jogos, essas predileção por parte das produtoras de jogos tem uma razão bastante clara. Várias, na realidade. Um formato como o OnLive eliminaria uma série de intermediários, tornaria virtualmente impraticável a pirataria e ainda acabaria com a competição com jogos revendidos — o que certamente faria muitos jogadores torcerem o nariz. Resta saber como a computação em nuvem vai encarar a já irrefreável tendência 3D-interativa.

fonte: baixaki