O famoso analista Michael Pachter recentemente divulgou que a Electronic Arts planeja expandir seus conteúdos digitais (conteúdos "premium" via download entre US$ 10 e US$ 15 na PlayStation Network e na Xbox Live). Pachter disse que o conteúdo seria essencialmente "como uma grande demo, seguindo Battlefield 1943 (2009)", sendo que a versão completa seria distribuída posteriormente pelo valor integral.

Mas, em entrevista ao site Kotaku, a EA provou que não é tão gananciosa assim. Ainda assim, o gerente geral de grupo da companhia, Nick Earl, deu a entender que a empresa realmente procura explorar diferentes estratégias envolvendo games distribuídos via download, falando a Pachter que a estratégia citada acima limitaria o risco do marketing do jogo completo e "serviria como uma ferramenta de marketing de baixo custo".


Já Jeff Brown, vice-presidente de comunicações corporativas da companhia, fez comentários mais concretos sobre o assunto:

"A EA Sports, a EA Games e a EA Play estão experimentando estratégias de download que entregam conteúdos novos de games em formatos que os jogadores querem experimentar. Até o momento, não há nenhuma estratégia de preço definida para todo o portfólio da EA. E muitas das propostas incluem conteúdos gratuitos em modelos parecidos com Madden Ultimate Team, Battlefield Heroes e Battlefield 1943."

"Nenhuma das propostas aborda que os consumidores sejam cobrados por versões demonstrativas tradicionalmente gratuitas.", diz Brown. Vale lembrar que, durante a Game Developers Conference deste ano (GDC 2010), o gerente de Battlefield Heroes (Ben Cousins) disse que a EA está cada vez mais interessada em "freemium" games (jogos basicamente grátis).

Eu acredito que é muito interessante a abordagem de muitas empresas (principalmente grandes, como Electronic Arts) com base em conteúdos grátis. Battlefield Heroes é um título que combinou qualidade com jogabilidade gratuita e conquistou muitos fãs ao redor do globo. Uma pena que, como nem tudo são flores, vários recursos são limitados.

Na realidade, fazer com que consumidores menos afortunados possam experimentar games de peso é uma iniciativa e tanto. Vamos torcer para que mais companhias empreguem propostas semelhantes na divulgação de grandes franquias ou mesmo de títulos únicos.

Para mim, "demos pagas" é uma ideia ridícula. Será muito triste o dia em que as desenvolvedoras começarem a cobrar por meras versões demonstrativas. Testes fechados, tudo bem. Estratégia diferenciada de distribuição digital, beleza. Cobrar por demos? Não, senhor.

Fonte: baixaki