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[Review] The Witcher 2: Assassins of Kings

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22052011

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Gráficos Nota 90
Jogabilidade Nota 90
Áudio Nota 95
Diversão Nota 95




Há quem diga que os jogos para PC estão perdidos. E, infelizmente, o principal motivo para isso é a pirataria, que simplesmente acaba com todo o investimento de quem lança o jogo. É simples: uma desenvolvedora e uma publicadora gastam milhões para criar um game para que alguns baixem sem pagar nada. A solução? Deixar o PC de lado e lançar somente nos consoles, onde a incidência é muito menor — mas mesmo assim existe.

Uma pena, já que o PC é uma plataforma extremamente poderosa, capaz de comportar jogos que jamais poderiam aparecer nos consoles. Felizmente, algumas companhias ainda acreditam na boa vontade dos usuários e continuam apostando nessas máquinas.

A polonesa CD Projekt RED lançou The Witcher exclusivamente para PC em 2007. E, para a surpresa de todos, o título se tornou um dos grandes RPGs da época. Mesmo com vendas medianas e alguns defeitos, a obra acabou se saindo muito bem na crítica, o que garantiu uma sequência aos fãs.

Agora, The Witcher 2: Assassin’s of Kings finalmente chega às lojas, com a missão de consertar os poucos problemas que impediram o primeiro de ser um grande clássico. Mas a grande questão é a seguinte: será que a sequência acabará apenas classificada como um “bom RPG”? Ou The Witcher 2 conseguirá se elevar ao patamar de outros gigantes do gênero, como Mass Effect, Oblivion e Fable? É isso que você confere em nossa análise.




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Aprovado:

Uma história de verdade

Certamente, um dos aspectos que mais impressiona em The Witcher 2 é a sua trama. Com certeza, muitos irão se perguntar: eu preciso conhecer o primeiro jogo a fundo para não ficar perdido na sequência? Felizmente, a resposta é “não”. A CD Projekt RED conseguiu fazer com que o jogador não se sinta deslocado ao desfrutar do segundo jogo, graças a uma breve introdução aos eventos relevantes do primeiro jogo.

Além disso, mesmo trazendo Geralt, o mesmo protagonista do original, a história de The Witcher 2 é quase independente, trazendo eventos e personagens totalmente inéditos. Felizmente, a trama ainda é inspirada nas obras de Andrzej Sapkowski, que também foi a fonte das ideais do primeiro jogo. Uma boa notícia para quem jogou e gostou do primeiro, já que, mesmo com eventos diferentes, o ambiente ainda é familiar.

Mas, do que exatamente se trata a história de The Witcher 2? Em poucas palavras, podemos dizer tranquilamente que a CD Projekt RED sabe como criar uma narrativa épica. A história é tão boa que não queremos revelar muitos detalhes na análise, já que as surpresas aparecem do início ao fim do game.



O desenvolvimento de sua jornada é espetacularmente reforçado por uma interação natural e convincente dos personagens controlados pelo computador. Ao caminhar pelos reinos, você sente que realmente há vida no local enquanto observa soldados treinando e pessoas discutindo assuntos diversos ao redor de fogueiras.

Isso sem contar as cenas de corte, que aumentam ainda mais a imersão do game. Graças a um fantástico desempenho de dublagem, as cenas que interferem a ação ganham um tom cinematográfico, que também é reforçado pela própria direção das imagens.

Realmente, The Witcher 2 consegue se mostrar como um jogo adulto, não só por seu roteiro e pelo esboço de pornografia, mas também por exibir momentos autênticos e que fazem o jogador se esquecer que está segurando um controle e não assistindo a um filme. Um grande destaque para os momentos em câmera lenta das cutscenes, que provam como a CD Projekt Zero sabe enfatizar o drama nos momentos necessários.

Quem estava preocupado com a tradução do polonês para o inglês, que não se saiu muito bem no primeiro jogo, pode ficar tranquilo. Desta vez, a desenvolvedora realmente caprichou e ainda investiu pesadamente nas linhas de diálogo — você dificilmente verá uma frase sendo repetida.

Outro elemento que merece destaque e está relacionado à narrativa é o sistema de escolhas morais. Ao contrário de Mass Effect ou Dragon Age, The Witcher 2 consegue criar escolhas mais sutis, trazendo escolhas menos extremistas e permitindo que o jogador seja mais ponderado. Basicamente, você não tem de escolher apenas entre ser uma pessoa terrível ou alguém extremamente bondoso. The Witcher 2 possui o famoso “meio termo”.



Os próprios assuntos abordados pelo jogo já mostram que The Witcher 2 não é apenas mais um RPG fantástico num mundo em que o único mal reside na mente doentia de um ser que quer controlar o universo. Aqui, você encontrará temas como prostituição, racismo (entre elfos, humanos e “não humanos”) e corrupção, todos encarados com a devida seriedade e sem nenhum exagero. Em poucas palavras, o mundo e as pessoas de The Witcher 2 são convincentes.

Partindo para a briga

O sistema de combates do primeiro Witcher era bacana, mas muitos sentiram falta de uma ação verdadeira, já que o jogo optava por três posições de ataque diferentes e golpes realizados por meio de cliques que deviam ser feitos no momento exato. Agora, o ritmo está muito mais ágil, fazendo com que The Witcher 2 relembre bastante os jogos do gênero Hack’n’Slash quando o assunto é pancadaria.

Você conta apenas com dois botões de ataque: um para golpes normais e outro para fortes. Além disso, é possível rolar no chão para desviar dos oponentes, algo que é simplesmente essencial durante as brigas. Por fim, o jogador pode defender ao estilo parry, deixando o oponente vulnerável a um ataque. Mas cuidado, pois essa ação consome a energia da mesma barra utilizada para as magias.

Na realidade, as magias aqui são conhecidas como Signs. Ao pressionar a tecla ctrl, o jogador tem acesso a um menu que apresenta todos os ataques disponíveis, incluindo não somente os Signs, mas também as armas secundárias e as espadas. Quando o menu é aberto, a ação fica em câmera lenta, permitindo que o jogador possa escolher seus ataques com mais calma.



E é nesse menu que você pode escolher qualquer uma das magias diferentes, que possuem efeitos variados, podendo ser ofensivas, defensivas ou passivas. Geralt é capaz de lançar projéteis de fogo e de energia, criar um escudo temporário que absorve o dano dos oponentes e até mesmo conceber armadilhas. As opções variam e algumas delas podem até ser combinadas durante a pancadaria, resultando combos ainda mais devastadores.

Em suma, a pancadaria de The Witcher 2 lembra um jogo que eu, Gabriel Soto Bello, considero o melhor RPG desta geração até o momento: Demon’s Souls. Certamente, a CD Projekt RED acertou ao adicionar mais ação à fórmula, algo que será extremamente bem-vindo, até mesmo para os puristas.

De humanos a monstrengos

Não podemos de comentar sobre os inimigos de The Witcher 2. Além de contar com uma grande variedade de oponentes, abrangendo desde humanos até criaturas de outras raças, Witcher 2 também apresenta oponentes com pontos fracos. A maioria das criaturas é vulnerável à espada prateada de Geralt, enquanto os humanos devem ser enfrentados com lâminas normais. Além disso, é possível combinar alguns itens às armas para aprimorar ainda mais o efeito. Não basta apenas saber lutar: é necessário saber quem é o inimigo.



A meditação

O modo Meditation é um dos maiores diferencias da jogabilidade de The Witcher 2 em relação aos demais jogos do gênero. Quando seu personagem estiver fora de perigo, você pode pressionar a tecla ctrl e então clicar no ícone do meio, entrando assim no modo Meditation.

Aqui, Geralt pode criar poções e bebê-las. Como você pode perceber, esses famosos líquidos, que possuem diversos efeitos, sendo capazes de aprimorar ou piorar seus atributos, não são usados durante o combate. Você precisa tomar as potions antes de partir para a briga. Felizmente, o efeito dura alguns minutos e você certamente poderá aproveitar seus benefícios. Mas tome cuidado, pois Geralt não pode tomar muitas poções, já que elas são tóxicas — o nível de toxicidade é exibido através de uma barra.

Para conseguir os itens necessários, o jogador deve abusar de outro foco de The Witcher 2: a exploração. Você precisará se aventurar em florestas, negociar com vendedores ou derrotar vários inimigos para conseguir os ingredientes necessários para cada poção, mas o resultado pode realmente valer a pena.

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Subindo de nível

Um RPG dificilmente é um RPG se não houver desenvolvimento do personagem, não é mesmo? Felizmente, Witcher 2 também não peca neste quesito, mesmo trazendo um esquema de evolução realmente simples. Após acumular uma boa quantia de experiência, o jogador sobe de nível, ganhando assim pontos que podem ser gastos nas categorias Signs, Alchemy ou Swordplay de sua árvore de habilidades.

Cada uma dessas três especializações conta com diversas habilidades que podem ser desbloqueadas. Na Swordplay, por exemplo, você aprimora seu parry e ainda tem a chance de aprender novos golpes. Quem optar pelo caminho Signs poderá tornar seus feitiços ainda mais poderosos e aprender uma nova leva de magias. Por último, Alchemy, que aumenta significativamente a potência das poções e à resistência à toxicidade delas. Basta escolher o estilo que mais lhe agrada e partir para a “jornada das habilidades”.

Felizmente, a personalização de armaduras e armas também não fica para trás, já que o jogo oferece dezenas de equipamentos diferentes que podem ser utilizados de acordo com o desenvolvimento de seu personagem. Tudo isso faz com que Witcher 2 renda uma campanha com cerca de 40 horas de diversa. Como se não bastasse, ainda temos as quests secundárias, que somam até 30 horas de jogo, e os minigames que podem ser desfrutados pelo jogador, que incluem pôquer, queda de braço e até boxe.

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A beleza técnica de Witcher

Conforme mencionamos anteriormente, The Witcher 2 conta com uma direção de arte caprichada. Felizmente, na parte técnica o jogo também se sai bem, graças à nova engine da CD Projekt RED criada especialmente para o game. Com isso, temos ambientes externos maravilhosos e ricos em detalhes, que podem ser vistos a quilômetros de distância. A iluminação também surpreende, assim como um conjunto de efeitos que deixa Witcher 2 ainda mais realista.

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Reprovado:

O problema não é seu PC

Infelizmente, a CD Projekt RED não caprichou tanto assim na otimização do game. Mesmo sendo uma empresa de pequeno porte, se comprada às gigantes do ramo, como a própria BioWare, não podemos deixar de mencionar que a desenvolvedora acabou gerando um game relativamente “pesado”. Ou seja, mesmo com um PC top, Witcher 2 pode apresentar queda na taxa de quadros por segundo e pop-ins de texturas.

Quase afiado

O sistema de combate também tem suas falhas, principalmente em relação à utilização da defesa. Conforme mencionamos anteriormente, o uso do parry consome energia da mesma barra das magias. Uma escolha contraditória, já que, além desse método, não há qualquer comando para defender fisicamente os ataques dos oponentes. Quando a barra está vazia, você fica totalmente vulnerável. Uma defesa alternativa seria extremamente bem-vinda e impediria que fôssemos obrigados a fugir constantemente durante os combates.

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E, falando em controles, Witcher 2 também peca ao oferecer as ações de ataque e interação num mesmo botão — ainda bem que nossa espada não fere os NPCs. Como se não bastasse, o reconhecimento dos objetos interativos não é muito bom, fazendo com que o jogador demore em abrir uma simples porta ou até execute a ação errada em algumas ocasiões. Durante nossa sessão de testes, nos batemos para adquirir os itens de uma caixa, já que o jogo insistia em achar que estávamos querendo descer as escadas.

Por fim, Witcher 2 ainda pode ser muito complicado para o público que não está acostumado a se afundar em RPGs. A ausência de um tutorial durante o jogo prejudica bastante e você provavelmente terá de ler as dicas no menu de opções para conseguir jogar. Além disso, a orientação para as missões nem sempre é muito clara, o que pode deixar muitos jogadores perdidos. Witcher 2 é um daqueles jogos que você pode passar mais tempo personalizando e explorando do que em combate, então, se você prefere mais pancadaria, opte por Dragon Age II.

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VALE a PENA?

Considerar The Witcher 2 um dos melhores RPGs desta geração não é um exagero. A CD Projekt RED conseguiu criar um game maduro e extremamente profundo, graças a uma história de peso e uma vasta gama de possibilidades na personalização, no combate e na estratégia.

Em suma, quem gosta de Mass Effect, Oblivion e até mesmo Fable não deve deixar de conferir esta sanguinária obra-prima que certamente elevou a franquia The Witcher ao topo, seu status mais que merecido. E por favor, CD Projekt RED, faça a versão para consoles sair do papel, nem que seja com bruxaria!

Fonte: Baixakijogos.

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