Estudantes são levados ao limite no Brasil Game Jam
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Estudantes são levados ao limite no Brasil Game Jam
O Campeonato Brasil Game Jam confinou durante 40 horas 10 equipes de diferentes universidades de todo o Brasil. O objetivo era desenvolver um jogo cujo tema só foi conhecido na hora: “Quem vai em busca de montes não se detém a recolher as pedras no caminho”, uma frase do escritor Paulo Coelho.
Depois de passar por um júri composto por especialistas, representantes da imprensa e do Ministério da Cultura, que por uma hora jogaram todos os novos jogos sem saber por quem foram criados, a equipe da Universidade Anhembi Morumbi sagrou-se campeã, com o jogo “A Jornada de Miner”, levando para casa um PlayStation 3 e três jogos para cada participante. O segundo lugar foi para a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, com o jogo “Corrida do ouro” e o terceiro colocado foi a Universidade Vale do Itaguaí (UNIVALE), com o jogo “Ice cream lover”. Todos os jogos serão disponibilizados no site do Brasil Game Show.
Durante a maratona de desenvolvimento, o Baixaki Jogos esteve na sala dos participantes. O clima era de pressa e muita tensão. Os grupos se revezavam para dormir e continuavam firmes à base de muito café e energético. O clima de rivalidade não foi perceptível, sendo que todos se ajudavam bastante para cumprir a missão.
Para não atrapalhar os concorrentes do campeonato, o Baixaki Jogos entrevistou o professor Bruno Campagnolo de Paula, que estava acompanhando o time da PUC-PR no evento. O professor não podia participar em nenhum momento do desenvolvimento do jogo, nem mesmo contribuir com dicas e ideias. Como ele mesmo disse, sua função ali era apenas “incentivar e levar comida”.
Bruno de Paula é professor de engines na pós-graduação de desenvolvimento de jogos. É ele quem ensina aos alunos o uso da Unity, que é a ferramenta que eles usaram para desenvolver o jogo do campeonato.
Para o professor, o campeonato é uma excelente chance de agregação de comunidade, já que são várias pessoas do Brasil inteiro, que mesmo competindo estão conversando, trocando ideias e experiências. Além disso, a participação obriga os estudantes a criar um jogo em 48 horas. “Ganhando ou não, eles terão algo mais para seus portfólios”.
Comparando a indústria de games nacional com o cenário de dez ou cinco anos atrás, o professor acredita que o mercado está em franca ascensão. “Antes não existia nada, não era imaginável fazer uma feira como essa. Mesmo que as maiores empresas presentes na feira sejam de fora, tem muita gente daqui mostrando seu trabalho”. Ele ainda acredita que no setor de games, o brasileiro pode aproveitar o que tem de melhor: o jeitinho brasileiro. “Mas não naquela visão pejorativa. O jeitinho no sentido de que a gente se adapta a qualquer tipo de situação. Os meninos do grupo da PUC-PR, por exemplo, têm perfis bem diferentes. Nenhum deles trabalha com música, mas estão juntos, conseguindo criar a música do jogo.”
Outro fator levantado por Bruno de Paula é em relação ao preconceito que os brasileiros ainda têm com os jogos nacionais. Ele acredita que para vencer este preconceito temos que mostrar jogos bons e não apenas para mercado interno. “Não adianta fazer jogos com temática local, têm que ser universal para não importar mais que o jogo é brasileiro, e sim que o jogo é bom!”
Como exemplo, Bruno de Paula defende que o setor nacional de jogos tem que aprender muito com a indústria de cinema local. Ele cita o filme “Tropa de Elite” e a abertura do filme com seus três minutos mostrando logotipos de empresas que apoiaram o projeto. “Nós temos que fazer o mesmo. Buscar apoio e classificar nosso produto como um material cultural tão relevante quanto um filme, já que a área de games está ganhando tanto dinheiro quanto o cinema.”
O professor conta que já participou de Game Jams e que é o organizador da Global Game Jam em Curitiba. O evento deve acontecer nos dias 28, 29 e 30 de janeiro na PUC-PR e em outras universidades do Brasil e do mundo todo. O Global Game Jam acontece no mesmo formato do que aconteceu no Brasil Game Show, entretanto não é uma competição. O objetivo é desenvolver jogos no mundo inteiro com a mesma temática. Na última edição foram 4 mil participantes em 130 cidades, resultando em 90 jogos.
Para quem tem interesse em trabalhar com games, Bruno de Paula percebe que existem cada vez mais oportunidades de trabalho. “O aluno vem para o curso com a visão de que vai trabalhar em jogos famosos como Call of Duty, mas eles têm que ver que existem outros mercados, como o de redes sociais, celulares, educativos, treinamentos, políticos etc”.
Fonte: baixaki
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